terça-feira, 15 de maio de 2012

Alongar ou não alongar?

Alongar ou não alongar?
Alguns mitos sobre os benefícios do alongamento vêm sendo derrubados por pesquisas científicas recentes. Em contrapartida, seus ganhos em prol do aumento de flexibilidade, da força e na diminuição de dores crônicas são comprovadamente reais

por Leonardo Valle Fotos Danilo Tanaka

A indicação dos alongamentos varia bastante de profissional para profissional. Essa falta de consenso entre educadores físicos, fisioterapeutas e ortopedistas foi o estopim para que centros universitários de todo o mundo se debruçassem em estudos sobre o assunto. Osresultados, entretanto, foram bem diferentes do que se esperava. A primeira informação contestada é a de que os alongamentos podem prevenir lesões quando praticados antes ou depois das atividades físicas. Os pesquisadores Robert Herbert e Marcos de Noronha, da Universidade de Sydney, revisaram dez estudos sobre o tema e não encontraram diferenças estatísticas entre os grupos que se alongavam e os que pulavam a atividade.
Para evitar acidentes, o mais indicado seria investir nos chamados exercícios de aquecimento, como polichinelos ou pequenas corridas sem sair do lugar. "O alongamento não tem a função primordial de aquecimento. Para aquecer é importante aumentar o fluxo de sangue nos vasos sanguíneos e músculos", explica Debora Reis Garcia, professora do curso de educação física da Universidade São Francisco (USF).
Efeito analgésico
Ironicamente, a coisa muda de fIgura nos estudos em que são avaliados pacientes com dores crônicas. Nessas situações, o alongamento sai na frente de práticas consideradas consagradas no alívio da dor. Uma pesquisaliderada pela pesquisadora Karen Sherman e publicada na revista Archives of Internal Medicine dividiu pacientes que sofriam dores crônicas na lombar em três grupos: aqueles que tiveram aula de alongamento, de ioga ou que apenas leram livros sobre como lidar com o problema. Três meses depois, os participantes que se esticaram foram os que mais relataram melhoras na dor sem o uso de medicamentos.
Bê-á-bá dos exercícios
Cabeça e pescoço
Em pé ou sentado, realize a flexão lateral da cabeça com uma das mãos, enquanto a outra fica estendida ao longo do corpo. Depois de alguns segundos, repita do lado contrário. Este exercício serve para alongar a musculatura lateral do pescoço.

Perna
Sentado, estenda uma das pernas enquanto a outra é flexionada. Incline o troco à frente e alongue os músculos posteriores da perna. Outra possibilidade é alongar-se em pé. Nesse caso, flexione uma das pernas com o calcanhar em direção ao glúteo. Bom para quem pratica caminhada ou esportes coletivos.



Mão e punho
Com o braço estendido à frente do corpo, flexione o punho, segurando-o com a mão contrária.
Ombros
Em pé ou sentado, cruze um dos braços à frente do peito. Segure-o com a mão contrária na altura do cotovelo. "O exercício é indicado para quem trabalha no computador, esportistas e donas de casa", indica Lincoln Adami, da Academia Gustavo Borges de Londrina (PR).



BraçosCom o braço estendido acima da cabeça, flexione o cotovelo com a mão na direção das costas. Coloque a mão contrária no cotovelo. Este exercício tem o objetivo de alongar o tríceps.

Panturrilha
Em pé, desloque uma perna à frente, enquanto a outra fica estendida atrás. Este exercício tem o objetivo de alongar os músculos da panturrilha.



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